segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Passagem

Aquele rosto confiante,
Deixado naquela noite mesmo,
abaixo do colchão,
como dinheiro em tempo difícil.

É então lá,
Que jaz tudo
O que não quis dividir
E que jamais saberás.

E este sou eu amigo,
Sem pranto,
Pois pra ti
Só quero teu destino.

Pois futuro pra mim,
É bonito como o que a ti pertence,
Que apesar das pedras de caminho,
Parece-me certo.

E quando vejo
Que se amam,
Assim e assado,
desejo-lhe ainda mais alegria.

O que pra este daqui,
Tem sido longe,
estado difícil,
tempo perdido.

Lucas Borges
27/08/09

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