segunda-feira, 21 de abril de 2008

Amor

È tudo
Quando
A gente
nada.

É nada
Quando
A gente
Tenta.

Sobe
Quando
A gente
Desce.

Apaga
Quando
A gente
Não sente.

Inflama
Quando
A gente
Bem quer.

Repousa
Quando
A gente
Percebe

Que,
A ele,
A gente
Sempre chega.

De mansinho
Maré baixa
À gente,
ele sempre acha.

Mostra-nos
Conjugado que,
A gente
É mesmo bobo.

E queremos
Nunca
A gente
Morra.

Mas nunca
O desejo
A gente
Controla.

O amor
Envolve e,
A gente
Nem vê.

O ciúme
Engole e,
A gente
Não crê.

Quem ama
atinge
A gente
Além de nós.

Pois amar é
Verbo transitivo:
A gente
Precisa ter objeto,

E conjugá-lo
de modo que
A gente
Evite nunca o seu tempo.

Lucas Borges
31/03/08.

Nenhum comentário: