segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O quarto

Ao findar-se o mundo,
A ti
Sobrou aquele lá do fundo

O qual lhe encerra o desgosto
Do céu desbotado
Num fim pasmo de peito abotoado.

Donde um dia beijaste o solo,
engrandecido
Por gigantismo insalubre e tolo,

Deixando belas noites desvairadas,
Ensandecidas
Por teu avario de teorias apalavradas.

Ao fim do teu mundo,
Seguiu-lhe a vontade certa de ocupar,
O quarto lá do fundo.

Lucas Borges
29/09/2008

Nenhum comentário: