quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Amor próprio

Ao amar o próprio ser,
Elimina-se a expectativa
Como coisa do passado.

Distrai-se os olhares
Como fossem saudáveis
As cores,
que esperam na alma
Embrenhar-se no
Amor que não existe
Pelo próximo.

Amando assim o ego
De ser amado e não perder
A graça de sê-lo,
Mesmo achando uma pista
Que leva ao outro o amor,
Não se desperta a reciprocidade,
Mas faz agraciar a satisfação
De possuir a si mesmo.

Numa precaução latente
deixa-se nunca
de amar o próprio ser.
Então, diferença não faz, se:
amor completo
Somente é
Aquele que se ama recíproco.

Lucas Borges
09/11/08

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