segunda-feira, 27 de julho de 2009

Esquina

Para sentar-se nesta esquina,
Sepulte as súplicas de aflição
por um torpor que alucina
e pequenos pedaços de ilusão.

Deixe as horas cortejarem os corpos,
Os grãos avolumarem as veias dos copos,
A secreção expelir-se pelo corpo
Após adentrar-se pelo copo.

Use as mazinhas de outras madrugadas
e cure os que pedem razão.
Esconda o mal das noitadas
Supure o pedidos de paixão.

Nesta esquina tem palheta,
Vidro, caixão e vela preta
Cortiça, espeto, espelho e ampulheta.

Apure o teu ódio,
tua mágoa
Inspire o ócio,
tome água.

Descanse o peito da curtição
Desça, durma, esqueça
Distraia a cabeça
Da esquina paranóia confusão.

Lucas Borges
28/07/09

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