segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Rasgue depois de ler

sem muita pressa,
num rabisco,
da ponta da pauta
à planta do pé,
no céu do papel
uma vida ficara

dissabor sem culpa,
dó como encargo
da saga na profissão
à soma de meus erros
no vão do subjetivo
uma vida secara.

doce e sóbria
terna abstração
dum ponto do umbigo
à ponta do indicador,
grosseira e suave
a vida não para!

Lucas Borges
07/11/11

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