Como de costume,
sentei na praça da
vida,
peguei a pipoca,
fui assistir a noite cair.
A ponte, linda como nunca, estranhei!
Iluminada, linda,
ornada de paixão,
havia nela apenas
um passeio de brisa,
uma única e
romântica direção:
conduzia ao coração
de uma peruana
a paixão e os
desejos de um cantor de ópera.
E aconteceu naquela noite
célebre,
ele,
chinfrim, entoou Wagner aos ares.
Tentou
impressionar aqueles olhos negros, mas,
ela, toda
desembaraçada, envolveu ele na ilusão
ele, para curar a ressaca de paixão por ela,
explodiu a ponte e
correu na direção contrária.
Sorri de lado,
balancei cabeça, pensei:
- Isso não se faz
cantor!
Acontece de tudo
nessa praça.
Lucas Borges
24/09/2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário