quarta-feira, 20 de junho de 2007

Fui

Ontem era apenas um primata,
E vi o fogo que abriu-me caminhos.
As rotas já não são mais geladas:
A roda excluiu-me do "eu sozinho".

Enxerguei que,
O mar onde eu navegava
Era uma teia sem fim.
E eu preparado com adagas.

Para a fria comida,
Fiz lanças pontiagudas e,
Como solução de vida,
Juntei trapos com agulhas!

Lancei-me ao desconhecido dos mares.
Barba e cabelo,
Não os necessito mais que bons ares.
O que vejo agora é um mundo inteiro.

Hoje, mesmo sem rodas vou a qualquer lugar.
Sem me deslocar chego aqui!
E o amor?
Posso em poesia demonstrar.

Lucas Borges
16/03/2007

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