quinta-feira, 21 de junho de 2007

Natural

A natureza se fez carne,
Estancou os mares,
Emergiu vaidades,
Engoliu cidades.

Intenso,
Quente como nunca,
O sol veio à nuca.
Nem chapéu nem incenso.

Agora ele é:
Soberano em raios.
Semblante arredio.
Destaque em rodapé.

Lá, no batente do céu,
A ida é o charme.
No monte é a roda,
Sou moderno, sem armas.

Cresça natural,
Gotas de orvalho,
Esperteza de velho,
Em meio superficial.

E o diálogo,
É o monólogo,
Que das vírgulas,
É o ponto.

E o natural,
É o esperto.
De olhos atentos:
Preservar é viver.


Lucas Borges
07/06/07

Nenhum comentário: