No futuro,
Quando eu estiver
Naquele canto de terra
E não sendo a terra
Que trago
Debaixo das unhas
Podarei os galhos secos
Meus amigos serão
Os cães, as galinhas e a garrafa
Secarei o fumo na encosta
Pra dizer ao mundo
Que o mau, lá na minha terra,
Ficará no pé da serra.
Desatinado e não,
sabendo a cidade que engarrafa-me o pulmão
vai tá pra lá do pé da serra,
espero meus amigos
não me chamem torto:
A Serra Dourada
É que me dure ao tempo
e a Terra adorada
Salve, salve este rebento!
Lucas Borges
31/08/2011
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