domingo, 31 de julho de 2011

Serra Dourada

No futuro,
Quando eu estiver
Naquele canto de terra

E não sendo a terra
Que trago
Debaixo das unhas

Podarei os galhos secos
Meus amigos serão
Os cães, as galinhas e a garrafa

Secarei o fumo na encosta
Pra dizer ao mundo
Que o mau, lá na minha terra,
Ficará no pé da serra.

Desatinado e não,
sabendo a cidade que engarrafa-me o pulmão
vai tá pra lá do pé da serra,

espero meus amigos
não me chamem torto:

A Serra Dourada
É que me dure ao tempo
e a Terra adorada
Salve, salve este rebento!

Lucas Borges
31/08/2011

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