Ainda tem um gole de whisky no copo
Até o gelo derretido, quente virou água
Mas o suor dos nossos corpos
Não aquece mais a fria noite “desluada”
Ao fim das últimas e noturnas horas
Sob o anúncio do Rei da alvorada,
Não aquece mais a fria noite “desluada”
Ao fim das últimas e noturnas horas
Sob o anúncio do Rei da alvorada,
As maçãs do rosto aos olhos da aurora
Ainda róseas como pétalas de uma florada
Senti um doce verso embriagado e,
E vendo o sol interromper a madrugada
Senti um doce verso embriagado e,
E vendo o sol interromper a madrugada
Deixei escorrer no ralo a paixão adocicada
Aguento o outono da tarde sombria
Afogo saudade no copo a plena luz do dia
Mas a noite o peito é livre pra Lua deitar.
Lucas Borges
31/03/13
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