sábado, 30 de março de 2013

A última noite

Ainda tem um gole de whisky no copo
Até o gelo derretido, quente virou água
Mas o suor dos nossos corpos
Não aquece mais a fria noite “desluada”

Ao fim das últimas e noturnas horas
Sob o anúncio do Rei da alvorada,
As maçãs do rosto aos olhos da aurora
Ainda róseas como pétalas de uma florada

Senti um doce verso embriagado e,
E vendo o sol interromper a madrugada
Deixei escorrer no ralo a paixão adocicada

Aguento o outono da tarde sombria
Afogo saudade no copo a plena luz do dia
Mas a noite o peito é livre pra Lua deitar.

Lucas Borges
31/03/13

Nenhum comentário: